Imagens da biopolítica - a palavra definiva.
André Queiroz (Universidade Federal Fluminense - UFF)
Eje temático: Estética y Política
Trata-se de pensar a situação-limite na que escritura e vida se imbricam. Mais especificamente, a obra de Francisco Paco Urondo, poeta e militante da organização guerrilheira FAR, assassinado pela Aliança Anticomunista Argentina (AAA), na cidade de Mendoza. Questões que perpassam o trabalho no seu ensejo crítico: O que pode a palavra? Quais as relações implicadas no papel sócio-político do escritor/intelectual? O quê/para quê/para quem a escritura - o exercício contínuo do ofício de escrever? Fundamental é-nos a descrição dos tempos a que estava Paco situado - os anos 60 e 70 da Argentina, e mais amplamente, os contornos da guerra fria, e da experiência reverberante da Revolução Cubana, e a recorrência dos golpes de Estado na Argentina com a ordenação de um modo de governo fascista de combate aos direitos civis e aos movimentos populares. Sobretudo, o rechaço das conquistas dos trabalhadores resultantes, entre outros, da proscrição do primeiro peronismo (o dos anos 50). Francisco Paco Urondo, professor universitário, poeta, ensaísta, buscou em sua palavra este ponto justo entre escritura e vida - encenando desde si e por si o cruzamento entre cultura e política. Como dizia Paco Urondo: 'Empuñé un arma porque busco la palabra justa". Este trabalho se inscreve no percurso de nossa pesquisa pós doutoral que envolve a reflexão crítica sobre, ainda, dois outros escritores argentinos: Rodolfo Walsh e Haroldo Conti. Nossa intenção é tecer a cartografia do período histórico assim como o rebatimento desta nas formas de resistência empreendidas desde o ofício do escrever, o trabalho da escritura.
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